Diácono Carlinhos
Essa foi à pergunta formulada ao nosso bispo (Dom Irineu Silvio Wilges) na última edição do Jornal O Formigão (17). No referido jornal Dom Irineu apresenta a visão da Igreja, baseada na visão da Bíblia que por sua vez é a visão de Deus. Na mesma edição também vem à posição de dois pastores evangélicos e de uma jovem evangélica que não se constrange em expor sua condição de “virgem”.
Devemos atentar que quando Deus faz suas orientações, em sua Palavra é para nosso bem e felicidade em qualquer aspecto de nossa vida. Assim como o pecado envolve a morte espiritual e nos distância de Deus, ele também acarreta em morte emocional, afetiva e até sexual. Não raramente atendemos pessoas que se envolveram em vários relacionamentos e se entregaram sexualmente a esses parceiros e hoje vivem as consequências dessas relações. A dúvida, a desconfiança, a insegurança, entre tantos outros fatores... Estes são sentimentos que tranquilamente vão envolver a vida daquele que posteriormente for optar pelo casamento e viver um “santo matrimônio”.
Não raras vezes ouço relatos de noivos arrependidos, relatos de tristezas e frustrações, pois optaram por ouvir uma sociedade pagã, secularizada e doente e não seguiram a orientação de Deus.
Arrependidos porque gostariam muito naquele momento realmente se entregarem para a pessoa com quem estão casando. Arrependidos por não terem se guardado para a pessoa com quem estão realmente “sacramentando” sua relação para o resto da vida, quando então deixarão de ser dois e passam a ser “uma só carne”, quando Deus “unifica”, ou seja, “une” e “fica”, esse é o momento, essa é a hora da entrega total.
Caríssimos jovens esperem a pessoa especial e o momento que o Deus estabeleceu para ti - o “sacramento”. Não te antecipes, pois tu não tens garantia que será essa a pessoa com quem tu estás hoje que tu irás “selar um pacto matrimonial”, uma “aliança” para a vida toda. Quem pede “prova de amor” é porque não te respeita e porque não é digno do teu amor. Literalmente sabemos que virgem é aquilo que não foi violado ou que mantém sua característica original.
Infelizmente, algumas pessoas formam uma imagem pejorativa ao associarem a condição de pureza de homens e mulheres na sua sexualidade. Mas não deem ouvidos a essa sociedade, os resultados estão aí, vemos e ouvimos todos os dias.
Temos que ter consciência de que a sexualidade do ser humano faz parte de suas instâncias mais profundas e está interligada a todas as dimensões: na física: o prazer carnal; no psíquico: bem-estar ou tensões durante e posteriores ao ato; e no espiritual: sentido de união e complemento com a outra pessoa.
Qualquer indivíduo, com ou sem virgindade, pode ser feliz sexualmente. Mas sem dúvida aqueles que permanecem firmes em seu princípio de pureza tem menos problemas a enfrentar, e menos frustrações a viver... Não esquecendo que se trata primeiro de um Mandamento Divino...
O segredo da felicidade é andarmos nos conselhos Divinos e não deixarmos os conceitos mundanos mudarem nosso estilo de vida. Nenhum Mandamento da Lei de Deus pode ser mudado ou abolido pelas leis dos homens.
Portanto, não deixe que o mundo te seduza com as filosofias modernas de relacionamento, existe sim, prazer na obediência e alegria na fidelidade. Vivemos uma mentalidade (impulsionada pela mídia, inclusive pelos sistemas de saúde e governos) que divulga pensamentos errôneos sobre a sexualidade, não levando em conta o humano no seu todo (físico – psíquico – espiritual).
Fala-se em fazer amor (para fazer amor Deus tem que estar presente) e Ele não está presente no pecado, portanto, fazer amor e fazer sexo é diferente.
Hoje se incentiva principalmente os jovens, à perda da virgindade e ao conhecimento do corpo pautado somente nas sensações prazerosas proporcionadas pelo ato sexual, sem considerar os outros planos que existem além do físico, que são o psíquico e o espiritual. Para isso estampam virgindade e castidade como algo retrógrado, insuportável e impossível de ser vivenciado. Levam a maioria a questionar e a ridicularizar quem se declara ainda preservado na sua intimidade e desviam a atenção dos benefícios contidos em se guardar até um compromisso definitivo.
Vocês não imaginam do quanto é bonito ouvir de um casal de noivos, no dia que estão contraindo o seu “matrimônio” que se preservaram castos até aquele momento que realmente se guardaram um para o outro.
Caríssimos, atuo na orientação espiritual de dezenas de jovens, com inúmeros noivos e com muitos casais e por tudo que ouço posso lhes assegurar tranquilamente: perder a virgindade, motivado puramente pela busca de sensações carnais, pode acarretar consequências negativas no campo psicológico, gerando pressões, culpas e medos, sentimentos que a pessoa ou o casal pode não estar preparado para administrar futuramente.
Como nos assegura Dom Irineu na sua entrevista: “a visão da Igreja está baseada na visão da Bíblia que por sua vez é a visão de Deus...”
Ainda que homens e mulheres estejam sujeitos, em todas as suas dimensões, às consequências da iniciação sexual, no caso da mulher, o rompimento do hímen causa uma marca física, tornando a primeira relação muito mais impactante em seu emocional do que para o homem. E, além disso, ela coloca sua intimidade física à disposição de um parceiro que, posteriormente, pode não mais querer compartilhar de sua vida, desvalorizando a entrega que ela lhe fez.
Observando um mandamento Divino temos que ter consciência de que somente dentro do matrimônio, gestado num namoro que trouxe a confiança na cumplicidade da pessoa ao lado, a vida sexual traz plenos benefícios para as três dimensões do ser (físico – espiritual – psicológico).
O amor e a amizade, impressos na alma durante a etapa de conhecimento, fornece aos namorados a segurança necessária para posteriormente haver a doação física. É a preparação do espírito, da mente e do físico, por isso Deus estabelece quando.
Cuide do seu ambiente de namoro. Evite ambientes e locais que pelos aspectos instintivos e hormonais possam forçar a nos fazer algo do que iremos nos arrepender futuramente. Evitem locais isolados. Evitem locais que banalizam as relações físicas e ambientes que só valorizam a sexo e a promiscuidade.
O namoro é bom. O namoro é necessário. Porém que ele seja “santo” como nos propõe a Palavra de Deus, não há necessidade de entrega completa durante esse período. Por meio dessa entrega, homem e mulher não estão privados do que é bom e prazeroso, somente devem aprender a respeitar o tempo e o propósito de tudo o que foi criado por Deus, enquanto aguardam estar prontos.
Caríssimos, Deus está em tudo que é bom no ser humano, mas não está no pecado... Não está onde Ele nos diz que não devemos ir!
Como vimos optar pela virgindade até o matrimônio é compensador, pois assim, vivencia-se o sentido corporal da pureza, é prova de amor a Deus e a quem se mostrou ser fidedigno de dividir o dom da sexualidade conosco.
A Bíblia também nos alerta: “Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas” (Mateus 7,6).
Agora, se por outrora, fostes enganados pelos incentivos mundanos, rompestes com esse santo ideal proposto por Deus... Pratique a castidade a partir de agora e voltem a participar de todos os méritos da pureza e das virtudes que Deus nos propõe... Verifique onde e quando fraquejastes e refaça o caminho proposto pelo Pai. Estabeleça esse propósito a partir de agora, mesmo que teu namoro, tua relação por determinado tenha estado distante do que Deus te propôs...
Espere o momento especial que o Senhor tem para ti e viva, na época certa, toda a bênção no corpo, nos sentimentos e na alma. Não te envergonhes da tua condição de “virgem”, isso te faz diferente... TE FAZ ESPECIAL!
Lembre-se, reze e pratique o Pequeno Ato de Contrição: “Meu Deus eu me arrependo de todo o coração de vos ter ofendido, porque sois bom e amável. Prometo, com a vossa graça não mais pecar. Meu Jesus, misericórdia.”
E AÍ, TU JOVEM LÍDER CRISTÃO - O QUE PENSA SOBRE ISSO?
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