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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O DEMÔNIO AINDA EXISTE?

Por Diácono Carlinhos


É por incrível que parece para muitos ele já morreu ou nunca existiu. Infelizmente há inclusive pregadores que se esquecem de alertar sobre a sua existência e o esforço dele e de seus servidores para nos afastar de Deus. Inclusive, a julgar pela atitude da mídia e de certas correntes filosóficas e teológicas contemporâneas, "também o diabo está (ou parece) morto".

Contudo ele não está morto!

E também é essa a posição do Papa Paulo VI, do Papa João Paulo II e do Catecismo da Igreja Católica.

Vejamos também o que nos diz Jesus Cristo quando nos ensina a Oração do Pai Nosso "Mas livrai-nos do mal", ou seja, o mal continua por aí e devemos ORAR + AGIR para nos afastarmos dele.

O Papa Paulo VI, na audiência pública de 15 de novembro de 1972, esclarece sobre sinais da presença da ação diabólica. Embora às vezes pareçam tornar-se evidentes, é necessário ter muito cuidado no discernimento. Acrescenta ele: "Podemos admitir a sua ação sinistra onde a negação de Deus se torna radical, sutil ou absurda; onde o engano se revela hipócrita, contra a evidência da verdade; onde o amor é anulado por um egoísmo frio e cruel; o nome de Cristo é empregado com ódio consciente e rebelde; onde o espírito do Evangelho é falsificado e desmentido; onde o desespero se manifesta como a última palavra etc".

Hoje temos uma corrente pregando o sexo livre, a união homossexual, o aborto, a droga, a promiscuidade, a libertinagem, a destruição da família e dos valores cristãos do matrimônio. Todas as práticas que nos afastam de Deus e de seus ensinamentos.

Importa observar que os demônios não são apenas um poder anônimo, impessoal. Mas são espíritos criados, pessoas. Por isso, e só por isso, o Concílio Vaticano II pode dizer deles: "Segundo sua natureza, criados por Deus como bons, mas por si próprios se tornaram maus" (todos nós nascemos bons, mas muitos fazem a opção pelo mal).

Na doutrina sobre o demônio, a Igreja sublinha de um lado a infinita bondade de Deus Criador. E, de outro lado, mostra a grandeza da liberdade da criatura que sendo imagem de Deus, é exatamente por esse motivo, submetida a provas e tentações. É insistente a palavra de Jesus a todos nós: "Vigiai, porque não conheceis nem o dia nem a hora" (Mt 25,13; 13,35. 37).

O que O Catecismo da Igreja nos ensina sobre o demônio:

§414- Satanás ou o Diabo, bem como os demais demônios, são anjos decaídos por terem se recusado livremente a servir a Deus a seu desígnio. Sua opção contra Deus é definitiva. Eles tentam associar o homem à sua revolta contra Deus.

O Diabo é pecador “desde o princípio” (1Jo 3,8), “pai da mentira” (Jo 8,44).§393 – É o caráter irrevogável de sua opção, e não uma deficiência da infinita misericórdia divina, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. “Não existe arrependimento para eles depois da queda, como não existe para os homens após a morte.” (S. João Damasceno; De fide orthodoxa. 2,4).§394 – A Escritura atesta a influência nefasta daquele que Jesus chama de “o homicida desde o princípio” (Jo 8,44) e que até chegou a tentar desviar Jesus da missão recebida do Pai (Mt 4, 1-11). “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo” (1Jo 3,9). A mais grave dessas obras, devido às suas consequências, foi a sedução mentirosa que introduziu o homem a desobedecer a Deus.

§395 – Contudo, o poder de Satanás não é infinito. Ele não passa de uma criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas sempre uma criatura: não é capaz de impedir a edificação do Reino de Deus. Embora Satanás atue no mundo por ódio contra Deus e seu Reino em Jesus Cristo, e embora a sua ação cause graves danos – de natureza espiritual e, indiretamente, até de natureza física – para cada homem e para a sociedade...

Outra pergunta:

Que defesa, que remédio, há para combater a ação do Demônio, a resposta é mais fácil de ser formulada, embora seja difícil pô-la em prática. Poderemos dizer que tudo aquilo que nos defende do pecado nos protege, por isso mesmo, contra o inimigo invisível (ou seja o bem, a coisa certa, o valor moral, cristão, ético...). A graça é a defesa decisiva. A inocência assume um aspecto de fortaleza. E, depois, todos devem recordar o que a pedagogia apostólica simbolizou na armadura de um soldado, ou seja, as virtudes que podem tornar o cristão invulnerável (cf. Rm 13,13; Ef 6,11-14-17; lTs 5,8).

O cristão deve ser militante; deve ser vigilante e forte (l Pd 5,8); e algumas vezes, deve recorrer a algum exército ascético especial, para afastar determinadas invasões diabólicas; Jesus ensina-o, indicando o remédio “na oração e no jejum” (Mc 9,29).

E o apóstolo Paulo indica a linha mestra que se deve seguir: “Não te deixes vencer pelo mal; vence o mal com o bem” (Rm 12,21; Mt 13,29).

QUAIS SÃO MEUS ATOS QUE ME ASSEGURAM ESTAR DISTANTE DO DEMÔNIO?

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