Introdução
Temos o Texto Base da Campanha da Fraternidade para o ano de 2013. Nele a Igreja manifesta como solicitude olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas diversidades, propostas e potencialidades, entendê-los e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto cultural e de relações mediáticas; fazer-se solidária em seus sofrimentos e angústias, especialmente junto aos que mais sofrem com os desafios desta mudança de época e com a exclusão social: reavivar-lhes o potencial de participação e transformação. Nesta visão deve ser entendido e trabalhado o tema Fraternidade e Juventude. Será assunto obrigatório em todas as comunidades na quaresma em 2013.
Lema: Eis-me aqui! Envia-me
O lema se inspirado em Isaías 6,8: Eis-me aqui! Envia-me!. Dom Leonardo Steiner, Secretário Geral da CNBB, afirma: A Igreja no Brasil deseja, no contexto do Ano da Fé, repropor Juventude como tema da Campanha, nesse tempo de mudança de época, desejando refletir e rezar com os jovens, apresentando-lhes o Evangelho como sentido de vida e, ao mesmo tempo, como missão.
Ide e fazei discípulos entre todas as nações
A CF de 2013 anuncia e prepara a Jornada Mundial da Juventude. Assume como desafio o espírito missionário da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2013),escolhido pelo Papa Bento XVl, Ide e fazei discípulos entre todas as nações (cf. Mt 28,19). A Igreja quer que os jovens sejam verdadeiros missionários e missionárias no sentido de jovens evangelizando jovens: Eis-me aqui! Envia-me!.
Objetivo Geral
A Igreja conta com essa força evangelizadora dos jovens e ousacolocar como Objetivo Geral da CF de 2013 é Acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.
Objetivos específicos
Para serem essa força evangelizadora e transformadora, a Igreja tem consciência que os jovens precisam ser preparados e enviados, por isso, assume como objetivos específicos: 1) Propiciar aos jovens um encontro pessoal com Jesus Cristo a fim de contribuir para sua vocação de discípulo missionário e para a elaboração de seu projeto pessoal de vida; 2) Possibilitar aos jovens uma participação ativa na comunidade eclesial, que lhes seja apoio e sustento em sua caminhada, para que eles possam contribuir com seus dons e talentos; 3) Sensibilizar os jovens para serem agentes transformadores da sociedade, protagonistas da civilização do amor e do bem comum.
O Texto-Base da Campanha é dividido em quatro partes
VER
Contexto atual: ◦ Mudança de época que altera muito os paradigmas. Diversidade de novas visões do mundo e da vida. Estamos na transição de uma cultura para outra. A cultura estável não responde ao atual momento histórico.
A primeira parte com o título Fraternidade e Juventude abrange tópicos como: a) o impacto da mudança de época; b)a substituição do papel exercido pelos pais e pela escola pelos meios de comunicação de massa; c) a fragilização dos laços comunitários; d) a banalização e negação da vida; e) o surgimento e influência da cultura midiática; f) as redes sociais e o risco de o jovem querer e necessitar estar sempre conectado; g) as novas gerações querem ser ativas na Igreja; h) as formas associativas dos jovens; i) pluralismo de grupos entre jovens; j) as desigualdades entre os jovens; k) políticas públicas para a juventude etc.
JULGAR
Eis-me aqui, envia- me! Aprofundar o tema da juventude à luz das Sagradas Escrituras, da Tradição e do Magistério da Igreja. Os jovens são as pessoas mais sensíveis. Por intermédio da Igreja e pelos sinais dos tempos, Deus nos mostra a realidade juvenil atual. Ele nos mostra a potencialidade inerente à juventude, bem como o que ainda está em desarmonia com a vida plena anunciada por Cristo.
A segunda parte aborda os seguintes itens: a) jovens nas Sagradas Escrituras: A Palavra de Deus e a história da Igreja apresentam vários testemunhos de jovens que, valorizados e chamados por Deus, assumiram sua vocação de missionários da vida plena em contextos não condizentes ao projeto de Deus; b) Maria presença educativa; c) os discípulos João, Marcos e Paulo; d) jovens na história da Igreja; e) jovens como seguidores de Cristo, na experiência de encontro, pois, Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida para os jovens ; f) o jovem discípulo assume a missão, por isso, está no coração da Igreja; g) a opção afetiva e efetiva pelos jovens que são lugar teológico no horizonte do Reino; h) a presença da Igreja no Brasil na pastoral junto aos jovens; e i) a Igreja aposta no jovem e no seu protagonismo e compromisso na sociedade dos jovens.
A vertente principal dessa segunda parte é Jesus Cristo Jovem que vai ao encontro dos jovens. Torna-se imprescindível, cada vez mais, caminhar com os jovens e refazer com eles a experiência de Jesus.
AGIR
A terceira parte oferece indicações para ações transformadoras. Afirma que a Igreja precisa dos jovens e que eles devem receber uma acolhida afetiva e efetiva por parte da Igreja. Insiste que a sociedade precisa nesta mudança de época aproximar-se do mundo jovem. Nesta parte do Texto-Base titulado Abrir-se ao novo o texto fala muito sobre recriar. Os jovens precisam recriar: a) o sentido da existência e da realidade; b) as relações significativas com Deus; c) as relações afetivas e a vida comunitária; d) as relações de gratuidade para uma postura afetivo-construtiva; e) as relações e o compromisso nesta mudança de época; f) o dinamismo de transformação da sociedade; g) relações de respeito e de integração com o meio ambiente; e h) a razão para além da razão instrumental. O Texto-Base também enfatiza a importância do encontro pessoal do jovem com Cristo; da catequese de iniciação cristã; do estudo do Catecismo da Igreja Católica; do diálogo entre fé e razão e do diálogo inter-religioso etc.
A terceira parte também oferece pistas de ação, lembrando que tudo começa com o converter-se aos jovens que implica numa conversão pastoral como atitude de autoavaliação e de coragem para mudar as estruturas pastorais obsoletas da Igreja, para que ela seja, cada vez mais, geradora de discípulos missionários comprometidos com a vida de todos. Daí a importância da valorização da família como células da sociedade; da formação humana-afetiva dos jovens; do estudo das artes (música, teatro, esportes, dança etc.) pelos jovens; do estudo e análise da conjuntura atual do mundo; da realização de projetos missionários; do reconhecer e favorecer o protagonismo juvenil na cultura midiática; da promoção de oficinas sobre como utilizar as novas tecnologias; da participação da Campanha Nacional Contra a Violência; e da participação em manifestações em prol da vida etc.
A quarta parte do Texto-Base tem como título Gesto Concreto e afirma: A Campanha da Fraternidade se expressa concretamente pela oferta de doações em dinheiro na coleta da solidariedade, realizada no Domingo de Ramos
Segundo o Texto-Base: Os recursos arrecadados serão destinados preferencialmente a projetos que atendem aos objetos propostos pela CF 2013, como o foco voltado para ações que se revertem em benefícios aos jovens das nossas comunidades.
Cronograma da CF 2013
No dia 23 de fevereiro de 2013, na Quarta Feira de Cinzas, o lançamento da CF2013 Fraternidade e Juventude.
A realização da Campanha será de 13 de fevereiro a 24 de março de 2013.
No Domingo de Ramos, dia 24 de março de 2013 haverá a Coleta Nacional da Solidariedade.. O integral das coletas deve ser encaminhado à respectiva diocese. A Diocese, por sua vez, encaminhará 40% do total da coleta para o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) e 60% para o Fundo Diocesano de Solidariedade.
A avaliação da Campanha ocorrerá de abril a junho de 2013: Paroquial (de 8 a 21 de abril), Diocesano (de 22 de abril a 19 de maio), e Regional (de 20 de maio a 16 de junho).
Conclusão
A Igreja, para cumprir sua missão neste período de mudança de época, percebe a necessidade de uma autêntica conversão pastoral, o que se aplica especialmente à evangelização dos jovens. Certamente, é necessário um esforço dos que trabalham com os jovens para: revisar os métodos, adaptar a linguagem, inserir nas ambiências virtuais e midiáticas. É preciso também dialogar com as pastorais, grupos de jovens, novas comunidades, valorizando-as em suas propostas, suprir suas necessidades e conceder-lhes espaço para a participação ativa nas comunidades, pois suas experiências enriquecem a Igreja, ao trazer novos desafios e novas perspectivas.
Fonte: Eaí?Tche!
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