Paciência é uma virtude. Poderíamos defini-la como a capacidade de autocontrole diante de inúmeras realidades que ultrapassam os nossos limites emocionais, sociais e espirituais.
A falta de paciência nasce na vida em função de inúmeros fatores. Fato é que a paciência faz parte do nosso processo humano. Há dias em que acordamos sem essa virtude. As dificuldades começam a se agravar quando a impaciência começa a ocupar grande parcela de nossos pensamentos e, como consequência disso, desestrutura nossa relação com o próximo, com nós mesmos e também com Deus.
O excesso de impaciência na vida pode ser fruto da falta de paciência consigo mesmo. Muitas pessoas não conseguem ter paciência com elas mesmas. Muitas vivem reféns do passado. Algemaram em seu coração situações tristes: raiva, mágoas, falta de perdão. Hoje não conseguem ter uma vida de paz. Não se reconciliaram com o que passou e dão vida no presente ao que nunca mais voltará. Quem faz esse processo, muitas vezes doentio, perde a oportunidade de reescrever seu presente com tonalidades de esperança. Ter consciência dos processos que aprisionam o presente ao passado pode ser fonte libertadora para dar início a uma nova vida. Reconciliar-se com as próprias sombras é apenas o início de uma caminhada que não tem data marcada para terminar.
O cultivo da paciência é um exercício diário. Muitas vezes, o processo da paciência em nós é lento. Mas nem por isso devemos desanimar. Deus é extremamente paciente com as nossas limitações, erros, egoísmos, mentiras. Será cultivando a paciência no jardim de nossa alma que colheremos flores de bondade e tolerância. A paciência somente será construída no meio de nós quando Jesus for nosso modelo de amor para com todos.
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