por Emilin Grings
Os preparativos para a Páscoa começam na muito antes da data. Todos pensam nos chocolates e no famoso peixe da sexta-feira santa. A quaresma, para muitos, é o momento de preparação para a festa da Páscoa, não com o sentido de festa cristã e sim de tradição que as pessoas não sabem nem a origem. A morte e ressurreição de cristo é subtituída pelo coelho, figura mais lembrada.
É engraçado. Tem gente que só come peixe na sexta-feira santa. Porquê? É que não pode comer carne. Quem disse que peixe não é carne e que não tem sangue? Já cortaste um peixe alguma vez? Há pessoas que não comem carne vermelha hoje e nem sabem o motivo. Virou um hábito. Tradição mesmo.
Um dia destinado ao jejum e recolhimento se transforma em comilança de peixe. E pior, para acompanhar o peixe nada melhor que vinho. Resultado: sentido da Páscoa totalmente distorcido da crença católica. Tudo vira festa. Aí nem se lembram que o Filho de Deus morreu por nós há mais de dois mil anos. Normalmente quando alguém morre, uma tristeza paira no ar.
Sempre considerei a sexta-feira santa um dia triste. Fui criada no catolicismo. E o dia da Paixão de Cristo sempre foi incomum para mim. Era da Igreja para casa. Não se fazia nada durante essa data, nem trabalhos domésticos, pois é normalmente isso que se faz quando morre alguém próximo da gente.
A medida que fui amadurecendo, percebi que encarar a sexta-feira santa dessa forma era algo restrito a uma pequena parcela da população. Para a maioria é só mais um feriado. A única diferença é que se come peixe. Muitos saem à noite. As boates aproveitam o feriadão para promover muitas festas. Aqui em Cachoeira são três dias consecutivos de baladas.
Porém, são privilegiados os que encontram o verdadeiro sentido da Páscoa na morte e ressureição de Jesus.A Páscoa representa renovação e vitória da vida sobre a morte. Garante a nós vida eterna. Porém para isso disse Jesus:"Ninguém chega ao pai, senão por mim" (Jo 14:6).
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